quinta-feira, novembro 17

Falta de Tempo

Aí está uma coisa de que não me posso queixar.
Eu não corro contra o tempo porque não preciso, à exceção de quando vou para o trabalho. Mas isso a responsabilidade é inteiramente minha. O despertador toca a horas. Se escolho ainda ficar na ronha, a ganhar coragem para abandonar o edredon, a culpa é minha, não do tempo.
Ao ler vos, acho que sou a única pessoa que tem tempo para fazer o que lhe apetece.
Não tenho tarefas inadiáveis, nem planos urgentes, nem projetos para terminar nem bombas para desativar antes do cronómetro chegar ao zero.
Posso fazer o que quero com a calma e a passada que desejar. Não dependo do tempo de ninguém nem dependem do meu. Basicamente dou os passos à medida do meu relógio.
E isto é bom, certo? É aquilo que se almeja. Mas penso: será que ter este tempo todo de mão beijada é sinónimo de vida desinteressante?
M

Sem comentários: