terça-feira, dezembro 13

Acho piada a Androginia

porque é basicamente assim que as coisas e as pessoas existem no meu Mundo. Sem discriminações, sem géneros, sem categorizações, sem pudores, num jogo de perfeita simbiose.
Encaro tudo e todos como um conjunto completo e evito generalizar.
Gosto da Beleza no seu sentido cru, primário e completamente desprovida de juízos de valor.
Consigo apreciar um Homem hetero, uma planta, um Homossexual, uma Mulher porque estou a estimar o ser humano como um todo, a pessoa no seu habitat, na sua pele, sem que a minha orientação sexual seja posta em causa.

Para mim, a androginia tem esse poder: permite ver além dos rótulos e descobrir A Pessoa. Representa a ausência de limites e condicionantes na esfera dos lados feminino e masculino e na sua sexualidade, levando a conhecer a verdadeira essência de cada um, sem medo de carimbos.
Deste modo, comportamentos estereotipados como "não consigo avaliar se é atraente ou não. É do mesmo sexo do que eu e Homem que é Homem só tem opinião sobre Mulheres" faz-me espécie. Tolice. Quem somos nós, quando não sabemos (ou temos medo) de olhar uma pessoa bonita, sensual se for do mesmo sexo do que nós? A sociedade e os dogmas instituídos têm assim tanto poder?
A androginia é um exemplo de que somos unos e que a definiçao não representa uma mais-valia. Revela que somos os dois sexos juntos num só indivíduo; e isto vai além da aparência, dos traços, da fisionomia. Somos a testosterona e o estrogénio. Como a mulher profissional com a sua agressividade máscula e competência de negociar, como a voz melosa e o abraço terno de um homem que adormece o filho.
Comecei a prestar mais atenção a este conceito pelas mãos da (universal)indústria da Moda, que tem tido um papel revolucionário na divulgação. Nomes como Dolce & Gabbana, Louis Vuitton, Versace, Ralph Lauren, Marc Jaccobs e Jean Paul Gaultier são alguns dos que se atreveram a pensar fora do sexo, out of the box, tendo catapultado para o panorama mediático o jovem Andrej Pejic, um modelo que faz trabalhos no feminino e no masculino.
Na tentativa de fazer um paralelismo com o panorama social, não tenho dúvidas que, José Castelo Branco poderia ser o Embaixador da Androginia em Portugal. Se observarmos bem, ele não é apenas um homem que se veste de mulher. Não é puramente um travesti. Poderia ser mais do que isso. Infelizmente, a necessidade de ser o centro das atenções, o espalhafato que faz, o mimo que tem e os tiques de drama queen fazem com que seja uma vergonha para os sexos. Ambos.

E nestes exemplos, quem é quem?
M

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