sexta-feira, outubro 21

No dia em que Mundo ia acabar

...eu fui à praia.
Depilação feita, toalha, ipod e a Fórmula de Deus na mala.
Não me lembrei da máquina fotográfica e o telemóvel ficou a descansar, em casa.
Fui comigo e não poderia ter escolhido melhor companhia.

Estar na praia em pleno Outubro foi um acontecimento único. Por norma, a minha época balnear começa só em Junho e termina em Setembro.
Mas era o dia em que o Mundo, tal como o conhecia, ia deixar de existir. Mereceu uma ida ao areal, com um céu azul profundo e um Sol que aquecia mas não queimava. A brisa suave que soprava não deixava esquecer que o Verão já se tinha retirado.

Eu e a Natureza.
Eu e a mais bonita paisagem.
Eu e um banho de mar, que estava a uma temperatura que não afastava.
Eu e um Sol que me reconfortava.
Eu e mais ninguém, num raio de 500 metros.

Senti-me tao confortável e tão em linha com o ambiente, que tirei o soutien do biquini. Sim, sim: maminhas ao léu. Não faço topless (só fiz uma vez há 2 anos numa praia longe de casa, onde ninguém me conhecia, à exceção do meu namorado da altura) mas em rápidos segundos, em vez de me condicionar, a minha resposta à pergunta "Tiro ou não tiro?" foi uma surpresa de mim para mim.
O mais interessante é que, nesse momento de decisão, estava a ler um excerto em que uma das personagens relatava sobre os poucos direitos que as Mulheres têm no Islão. E eu assim, na praia, de cuequinha.

O dia em que o Mundo ia acabar foi um bom dia.
M



  

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