Pois se há 1 mês o meu dia-a-dia era do mais monótono e normalzinho possível, eis que o final de Dezembro veio dissipar o meu semblante de limito-me a estar e a minha atitude deixar-os-dias-correrem-por-mim.
Olho para trás e, apesar de não reconhecer a pessoa que vivia em mim, tenho a certeza que esses dias foram essenciais para que pudesse alinhar-me comigo mesma.
Creio que esses momentos (cíclicos) de puro egocentrismo e de concentração de mim em mim são a razão da minha lucidez, do meu equilibrio.
Ao refletir sobre quem fui e quem sou, reconheço que funciono como as marés dos mares e oceanos, como as fases da Lua hipnotizante.
Neste caminho de auto-descoberta que decidi iniciar, tendo em compreender todos os meus altos e baixos e aceito-me: ora cheia, luminosa, grande, forte e imponente; ora misteriosa, escondida, pequena, fugidia e oculta.
Estou (e sinto-me) a aprender que Eu Sou todos estes adjetivos e mais.
Sou o Ying e o Yang.
Sou o choro e o riso.
Sou a abundância e a falta.
E não faz mal.
Todos nós queremos ser o Mais, o Melhor, o Sucesso, a Vitória, a Riqueza e não consentimos os seus antónimos. Tendemos a recusá-los, mas a verdade é que também o feio e o penoso fazem parte do todo. Podemos fingir que não existem, podemos ignorá-los, podemos queixar-nos aos sete ventos... Ou abraçar estes elementos errantes como parte do percurso.
Como defende a minha Oprah: "não há coincidências. Apenas ordem divina."
E eu quero acreditar que todos os obstáculos que se erguem perante mim têm como objetivo fortalecer o meu caráter, tonificar a minha personalidade.
Uma oportunidade para me conhecer mais e melhor, porque, olhando em retrospetiva, foi esse o resultado dos desafios que ultrapassei.
M
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